Esta semana, a campanha eleitoral prosseguiu devagarinho e sem grandes alardes nem incidentes de maior. Ainda assim, a bestialidade dos insultos de Ventura merece uma denúncia especial, sobretudo no que diz respeito aos “lábios vermelhos” de Marisa e ao inqualificável qualificativo de “avô bêbado” que dirigiu a Jerónimo de Sousa. Outros aspetos menores, mas talvez justificativos de uma breve referência, foram: a aberrante opção comunista da filha de Adriano Moreira (ex-ministro do Ultramar de Salazar e fundador do CDS), também parlamentar socialista, em nome do “democrata” João Ferreira (que, não obstante, tem tido uma boa prestação) e de uma populista proclamação de aversão aos populismos (?); a desrespeitosa decisão de Marcelo no sentido de não fazer campanha; o apoio expresso a Marcelo (e não uma mera cruzinha envergonhada) por parte de 23 ex-governantes socialistas definitivamente resignados ao “centrão” e esquecidos dos tempos em que o Presidente comandava o PSD (lembram-se da regionalização?) ou fazia comentários políticos notoriamente parciais e alaranjados; a resposta seca de Ana Gomes às acusações de Sócrates; o frequente “abandalhamento” que Tino atribuiu a muitas atitudes tomadas por Marcelo; e nada a dizer quanto a Mayan, no fundo um elogio decorrente de uma presença serena e desejosa de afirmar ideias (boas ou más, realistas ou desligadas, sustentáveis ou utópicas, isso já é questão diversa). Entretanto, e embora faltando ainda uma semana para a data aprazada, eu já despachei o voto que me cabia, após ter passado por uma significativa fila em Alves Redol (Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal do Porto) – houve quem esperasse duas horas para exercer o seu dever cívico! – e ter depois testemunhado um processo de “voto antecipado” bastante bem organizado – afinal, nem tudo pode ser mau neste nosso “jardim”!
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