Faz hoje um ano que aqui vim proclamar em favor de “uma nova grande década de 20”, explicando que “para mim o ano e a década entraram leve, levemente, como se chamássemos por eles”, que “ninguém sabe ao certo o que aí está para vir e as fontes de preocupação são múltiplas e variadas” e que “de algum modo intuí que uma entrada calma me reconfortava mais quanto aos imprevisíveis années folles ou roaring twenties que poderemos ter pela frente”. Ao contrário do que possa parecer, estava então longe de imaginar um 2020 tão improvável, disruptivo e perturbador como aquele que ontem nos deixou. Sinto-me, por isso, legitimado para aqui voltar com a mesma boa fé no sentido de decretar sem concessões uma nova data de reinício para a década de 20 deste século: a de hoje, 1 de janeiro de 2021. Vamos ao trabalho, pois, porque este terá de ser o ano em que todas as peças começarão a ser reencaixadas, em que tudo irá sendo reconstituído com assento primordial numa confiança na Ciência e numa esperança no porvir (como dizia o hino da Mocidade) e sempre na procura de outra conformidade feita de um mix equilibrado de novos e velhos moldes.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
RECOMEÇO
(José María Nieto, http://www.abc.es)
(Nicolás Aznárez, http://elpais.com)
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