Politicamente e ao nível executivo, o ano inicia-se como terminou, isto é, numa barafunda que dificilmente alguém que não seja parte do “sistema” consegue compreender. Sobretudo por falta de clareza e assunção de responsabilidades, como deve ser próprio daqueles que são olhados pelos cidadãos como encarregados da governação e, por isso, exemplos expectáveis. O passa-culpas instalado no nosso jardim à beira-mar plantado – com a agravante de tal passa-culpas acabar, as mais das vezes, por morrer solteiro ou na tardia e precipitada demissão por razões pessoais de algum dirigente ou funcionário público – é um veneno que ameaça a estabilidade da democracia e fortalece os populistas mais desavergonhados (Ventura à cabeça). Em conjunto com o infantil impulso mediático dos nossos governantes (veja-se, como Marques Mendes ontem sublinhava, o exagero propagandístico em torno da vacinação) e demais agentes políticos, este tipo de lógicas tem tudo para não nos conduzir a uma saída airosa...
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