segunda-feira, 20 de setembro de 2021

A DRAGAGEM EM ITÁLIA

 
(Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)

Já se tornou um adquirido bastante consensualizado na opinião pública internacional a consideração de ser a Itália de Mario Draghi o país europeu que mais promete mudança nos próximos anos (após se ter tornado no país “rico” mais estagnado e problemático do mundo, special case japonês à parte). Assentando num aproveitamento estrategicamente focado dos fundos disponibilizados pelo respetivo PRR, a aposta de Draghi surge centrada no crescimento do PIB (que prevê seja superior a 10% nos dois anos a vir) e num efeito de confiança a desencadear por uma redução de impostos e por um impulso ao investimento empresarial (incluindo a componente essencial da (re)industrialização nas suas múltiplas dimensões tangíveis e intangíveis); sem esquecer a importância de outras dimensões, como seja a que é ilustrável por uma renovada autoridade do Estado (veja-se a recente imposição, pioneira na Europa, de uma obrigatoriedade universal do certificado de vacinação para todo e qualquer trabalhador). Há quem diga que Draghi terá nesta fase da vida outras ambições, menos executivas a nível nacional ou mais interventivas a nível europeu (?), mas o que parece absolutamente claro é quanto um novo rumo para a Itália não pode ainda dispensar a visão orientadora e a eficácia concretizadora do senhor que ficará para sempre ligado àquele whatever it takes que marcou a última década do Velho Continente...

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