Ontem à noite, preparava-me eu para ver um promissor jogo de futebol entre o Brasil e a Argentina quando, com 6 minutos desenrolados, fatores exógenos se lhe sobrepuseram. Este foi, até agora, o maior incidente do período pós-Covid (digamos assim...), mas outros surgirão para revelarem quanto nada ficará como dantes.
Claro que os aproveitamentos também desempenharam o seu papel amplificador, entre as intervenções de um Bolsonaro desorientado perante uma abissal perda de popularidade e a rivalidade nem sempre muito sã existente entre os dois grandes países da América do Sul (vejam-se acima algumas reações dos respetivos jornais, os argentinos com “vergonha alheia” e os brasileiros a sublinharem que o adversário “descumpre”).
Mas, afinal, estamos perante um enorme escândalo, um ultrapassável embaraço ou uma simples aplicação das regras estabelecidas? Cá por mim, acho que essa é a questão menor, que a todo-poderosa FIFA resolverá à sua inimputável maneira; o essencial é o facto de este incidente ser parte de uma descarada exploração do futebol pela política, que está ao rubro no Brasil e em vésperas de um 7 de setembro que promete coisas feias.
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