O amor declarado entre franceses e ingleses é um clássico mais do que consagrado da História Europeia; e não faltam exemplos, entre seculares no tempo e mais recentes, desse facto incontornável que de há muito passou a fazer parte dos traços distintivos deste nosso e incorrigível Velho Continente. O caso dos submarinos de propulsão nuclear, que entrou na ordem do dia pela mão de Biden, deu azo à abertura de uma nova chaga, com a debilidade da posição francesa a ser habilmente aproveitada por um BoJo focado em cavalgar com notória ironia, mas também com pouca decência, aquela manifesta fragilização gaulesa. Como aquelas insolentes recomendações — donnez-moi un break ou prenez un grip — que mais não constituem do que manifestações primárias de um processo irremediável de afastamento que o desencanto com o Brexit vem exponenciando e traduzindo numa desenfreada espécie de corrida para a frente em que a liberdade proclamatória se tornou quase absoluta...
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