Não há duas sem três, dirão alguns recordando as ainda recentes goleadas (0-5 e 1-4) contra o Liverpool. Uma bela prenda de aniversário, desabafarão outros mais atreitos a recordar o passado centenário. Eu fico-me por um registo bem mais pragmático e conformado: não se fazem omeletas sem ovos (recursos humanos de qualidade e recursos financeiros para os recrutar) e, portanto, há que reconhecer com naturalidade que os reds são muito bons e muito melhores do que nós e, gostando-se da bola, há é que aproveitar para fruir do espetáculo que é vê-los jogar.
Dito isto, os erros foram demasiados e demasiado infantis para uma equipa que pretende disputar com alguma competitividade a Liga dos Campeões: primeiro, Zaidu recebeu a bola na área como se dela tivesse medo e Salah fez o resto; segundo, Diogo Costa facilita num cruzamento rasteiro e Mané não perdoa; terceiro, Sérgio Oliveira perde imperdoavelmente a bola no meio campo e Salah concretiza o decorrente contra-ataque; quarto, Diogo Costa precipita-se a sair da baliza sem necessidade e acaba a correr atrás da bola que não consegue evitar que entre na baliza; quinto, Fábio Cardoso marca mal Firmino na área e acaba por deixar que ele se isole e atire a matar. Apenas para mais tarde recordar...
Mas de tudo o que considero perfeitamente inaceitável é a reação pública de Sérgio Conceição contra o seu próprio grupo de trabalho. Já tinha visto, e até aqui denunciado, o treinador do FC Porto a evidenciar covardia e falta de solidariedade para com os que dirige. Mas a forma como falou (“temos de pensar se os jogadores estão dispostos a levar com o treinador que têm” ou “quando acho que a mensagem não é passada, não há nada a fazer, não estou a fazer nada aqui”) e como declarou que iria queixar-se ao presidente e com ele analisar a situação só devia ter, desta vez, uma solução decente: a porta da rua! Mas a tradição já não é o que era...
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