Trago-vos hoje uns exemplares bem ilustrativos dos desplantes com que por aí nos vamos deparando de modo assustadoramente crescente. Temos o caso de alguns otimistas, não necessariamente irritantes como António Costa mas seguramente tomados por um forte grau de abstração em relação ao real, que encontram no aumento da ameaça nuclear russa o lado positivo de assim se terem de preocupar menos com as mudanças climáticas. Temos também o caso de alguns românticos, não se devendo excluir estarem predominantemente entre o néscio e o imbecil ou entre o cínico e o sem-vergonha, que insistem em ir batendo na tecla de estarmos todos no mesmo barco. E temos ainda o caso de alguns espertalhões, dificilmente não podendo deixar de ser associados pelos leitores mais atentos a uma figura tão indescritível e rocambolesca como a de Miguel Relvas, que não têm qualquer opinião fundamentada sobre coisa nenhuma mas se apresentam faladores e quase bem falantes sobre tudo e um par de botas. Tudo sinais, nem por sombras exaustivos, da visível morte do interesse geral a coberto de uma igualmente aflitiva falta de sensatez e de inteligência.
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