Para o bem e para o mal, eis a primeira página de hoje do diário mais vendido em Portugal. Chamando indiscutivelmente a atenção para temas relevantes do dia a nível interno (de uma preocupante sondagem que aproxima o Chega ao PS e ao PSD ao grande feito do Sporting em Londres, passando pela forçada correção de tiro levada a cabo pelo bispo do Porto e até pelo silenciamento comprado pelo Benfica relativamente a um gestor que tivera ao serviço em matérias de contacto com o seu famoso “saco azul”), mas apresentando outros que só a incultura dominante pode premiar com a compra do jornal (e não estamos, nem de longe, perante um dos dias piores nesse domínio!). Mas o meu ponto principal é outro: o de a escolha noticiosa enfatizada passar completamente ao lado do que de mais significativo vai ocorrendo pelo mundo fora com potencial impacto sobre a nossa realidade, como seriam os casos concretos, para dar um exemplo atualíssimo, dos graves incidentes em curso em bancos americanos e no Credit Suisse e das decisões tomadas nesse contexto pelo BCE sobre taxas de juro ― fechados sobre nós próprios, nunca passaremos de uma paróquia desligada do que realmente determina o essencial do seu destino...
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