O dia que acaba de terminar foi absolutamente infernal pelo carrocel de informações e contrainformações, de acusações e denúncias e de factos pouco edificantes que se sucederam a respeito de uma nova magna questão relacionada com a gestão da TAP e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que lhe está a ser dedicada.
Dificilmente um cidadão normal perderá um minuto de atenção com as intermináveis incursões da comunicação social e dos agentes políticos pelos diferentes detalhes que vão sendo dados a conhecer sobre o assunto; e bem, diga-se, já que há óbvios limites de suportabilidade para aqueles que têm vida e preocupações de diversa ordem dela emergentes a que atender; só que o outro lado da moeda resulta no inevitável desligamento de um crescente número de cidadãos face à política, com as consequências de favorecimento de perigosas dinâmicas populistas que decorrem.
Assim vão correndo os dias, com a primeira página do semanário mais vendido do País a tornar-se o local privilegiado por Marcelo para enviar recados a Costa e este a não se fazer rogado e a responder pela mesma via enquanto os elementos de podridão alastram e se vão tornando tão manifestos que já não tenho palavras apropriadas para mais aqui vos dizer. Fico-me, pois, pelas ideias simples de que isto já não se resolve com mais uma demissão, como seria a de Galamba (que já tarda, aliás), e de que não existirão de todo condições objetivas para que possamos esperar pelo final da CPI para enfrentar esta sórdida situação de degradação institucional e democrática, como oportunamente defendeu o primeiro-ministro.
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