Por estas semanas vieram ao de cima algumas lamentáveis maldades sexistas protagonizadas por vários malandros da nossa e de outras praças.
O caso Trump, em que o ex-presidente americano se viu acusado no caso do pagamento/suborno a uma atriz pornográfica (Stormy Daniels), mais não constituiu do que a primeira concretização judicial de entre tantos ilícitos graves que o perseguem, mas representou claramente um marco de viragem em relação a um enfrentamento dos abusos predadores e machistas (incluindo a sua arrogante e provocadora linguagem machista e anti-feminina) que insistentemente lhe foram/vão atribuídos sem que deles result(ass)em quaisquer consequências visíveis.
Outro caso verdadeiramente exemplar pela negativa é o do ator francês (e russo por naturalização putiniana) Gérard Depardieu, outro conhecido reincidente que aparece agora a somar acusações de violência sexual contra treze mulheres a várias outras em que esteve tristemente envolvido no passado recente.
Por cá, e como já referimos duplamente neste espaço, temos a irrupção do extraordinário caso de Boaventura (as desmultiplicações de vítimas são evidenciadoras da doença em presença!), ao que se vai ouvindo e lendo um caso de longa continuidade em termos de exploração pessoal do poder académico e de cumplicidades e encobrimentos tão inacreditáveis quanto inaceitáveis na velha cidade universitária de Coimbra.
O tema e os contornos pouco têm de inovador, mas não deixa de merecer uma saudação que finalmente lhe esteja a ser conferida a relevância social que necessariamente tem de ter. Sobre ele muito de improvável ainda vai vir ao conhecimento público (como sugere a vinheta de abertura deste post em que o Lobo Mau reclama ser enviado para uma prisão feminina após ter comido a Avozinha), pese embora o facto de importar igualmente que se consigam controlar os excessos provenientes de vinganças retardadas, atentatórias e indevidas. Em suma: uma matéria inapelável, antes de mais, mas melindrosa também.
Sem comentários:
Enviar um comentário