quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A ESSÊNCIA DA DIFERENÇA



(Um pouco de teoria …)
Os economistas escandinavos são pouco seguidos em Portugal, seja pelos representantes do mainstream, seja pelos seus adversários. Se é verdade que uma larga franja não acrescenta positivamente nada a esse mainstream, outros têm mantido contributos relevantes para uma economia mais empenhada na explicação dos dissabores e incongruências da política económica.
Cheguei recentemente ao blogue de Lars P. Syll e não tenho dado por perdida a atenção que lhe tenho dispensado.
Há dias, Syll colocava-se no âmago da questão, denunciando a vaguidade de pressupostos das tentativas de substituir a macroeconomia por uma pretensa análise dos fundamentos microeconómicos das grandezas globais das economias:
Onde os ‘Novos Keynesianos’ e os Novos Clássicos pensam que podem deduzir rigorosamente os efeitos agregados dos atores (representativos) com a sua reducionista metodologia dos fundamentos micro, isso equivale a ignorar completamente as propriedades emergentes que caracterizam todos os sistemas sociais e económicos abertos. A interação entre os espíritos animais, a confiança, a credibilidade, as instituições, etc. não pode ser deduzida ou reduzida a uma questão a que possamos responder ao nível individual. As estruturas e os fenómenos macroeconómicos têm de ser analisados nos seus próprios termos”.
Cristalino. Inspiração: John Maynard Keynes, Essays in Biography, 1926. Está tudo dito.

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