(Um pouco
de teoria …)
Os economistas escandinavos são pouco seguidos em
Portugal, seja pelos representantes do mainstream,
seja pelos seus adversários. Se é verdade que uma larga franja não acrescenta
positivamente nada a esse mainstream,
outros têm mantido contributos relevantes para uma economia mais empenhada na
explicação dos dissabores e incongruências da política económica.
Cheguei recentemente ao blogue de Lars P. Syll e
não tenho dado por perdida a atenção que lhe tenho dispensado.
Há dias, Syll colocava-se no âmago da questão,
denunciando a vaguidade de pressupostos das tentativas de substituir a
macroeconomia por uma pretensa análise dos fundamentos microeconómicos das
grandezas globais das economias:
“Onde os ‘Novos Keynesianos’ e os Novos Clássicos
pensam que podem deduzir rigorosamente os efeitos agregados dos atores
(representativos) com a sua reducionista metodologia dos fundamentos micro, isso
equivale a ignorar completamente as propriedades emergentes que caracterizam
todos os sistemas sociais e económicos abertos. A interação entre os espíritos
animais, a confiança, a credibilidade, as instituições, etc. não pode ser
deduzida ou reduzida a uma questão a que possamos responder ao nível
individual. As estruturas e os fenómenos macroeconómicos têm de ser analisados
nos seus próprios termos”.
Cristalino. Inspiração: John Maynard Keynes, Essays in Biography, 1926. Está tudo dito.
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