quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

COSMOPOLITAS RICOS, COSMOPOLITAS POBRES


Dias atrás, o madrileno “As” fazia capa com seis/sete galáticos jogadores do Real e perguntava qual deles ganhará o Campeonato do Mundo de Futebol a disputar no Brasil em meados de 2014.

Achei alguma graça, mas virei a página e passei ao lado. Mas o certo é que a coisa ficou a aboborar cá na cabeça, até que levou a que me decidisse por uma rápida investigação comparativa com a da nossa pobre realidade lusitana (no caso via F. C. Porto, por ser o campeão nacional e o clube português possuidor do orçamento mais elevado).

A conclusão a que cheguei será talvez banal, mas também surpreendente para os mais distanciados em relação a estas coisas do chamado desporto-rei com tudo o que a mesma implica do ponto de vista positivo e negativo (incluindo a deriva financista do futebol e a sua crescente incapacidade para aproveitar as escolas de formação de jovens). É que, não discutindo as públicas e notórias diferenças de nota artística e financeira (recordo que os orçamentos para a época futebolística em curso são de 95 e 422 milhões de euros, respetivamente para o lado portista e madrilista), as bandeiras potencialmente ganhadoras no balneário do Dragão são uma dezena e incluem – além de Portugal, Brasil, Argentina e França e excluindo Espanha, Alemanha e Croácia – a Bélgica, a Colômbia, o México, a Argélia e o Uruguai, para além da Rússia se Marat Izmaylov ainda der à costa e em condições selecionáveis.

Todos diferentes, ricos e pobres, todos iguais e irmanados na globalização…

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