Rui Rio foi embora e Pedro Burmester pôs hoje fim a um período de dez anos sem concertos no Porto, na sequência de uma polémica nascida da sua declaração seguinte ao JN em junho de 2003: “[A Câmara do Porto] tem uma percentagem muito pequena [no capital da Casa da Música] e, segundo diz, poucos meios financeiros para investir no projeto. Como tal, não terá uma palavra muito importante a dizer. Está mais preocupada com questões que também têm de ser resolvidas, mas que reduzem o Porto a uma aldeia.”
Um final de tarde perfeito na Casa da Música, entre uma performance sublime e um repertório belíssimo (Fernando Lopes-Graça, o húngaro György Ligeti, Bach e Liszt). Uma sala esgotada, muitos notáveis e três encores coroaram merecidamente este sentido regresso, com Burmester a terminar simbolicamente com uma obra de Luís Pipa (“Suite Portugal”) inspirada no Hino Nacional – um tributo que terá querido prestar à Cidade e ao País, em silêncio e ao piano...
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