segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O SOCIALISMO À MODA DO PORTO



Soube-se ontem que Pizarro venceu novamente a Concelhia do Porto do PS, desta vez contra um Catarino que se pretendia assumir como garante da independência programática e estratégica do Partido. Este era apoiado por Gaspar e outros amigalhaços do tempo da presença na Câmara, como Fernando Gomes e Gomes Fernandes, sendo que todos eles haviam sido presenças de primeira fila na candidatura de Pizarro à Cidade. Entretanto, o líder distrital Carneiro – que a havia vencido numa disputa altamente conflituosa contra Renato, o “todo-poderoso afilhado” em perda pós-socrática – puxava por Catarino. Tal como Assis, que antes lutara pela liderança do PS contra Seguro, este então fortemente apoiado no Porto pelo seu agora redescoberto companheiro Carneiro enquanto ele o era por Renato e Pizarro (após a desistência de Costa). Renato, que por sua vez aparentava relações refeitas com o padrinho Orlandão e seu filho Orlandinho, acaba por se decidir pelo prolongamento da tensão familiar ao aceitar um discreto lugar 122 e último na lista de Pizarro. Dispenso-me de ir por esta infindável história adiante, no tempo ou no espaço, como de perguntar pelo papel que por lá desempenham alguns barões locais (como Augusto Santos Silva ou Alberto Martins), para dessa forma não aumentar mais a confusão que possa já estar lançada – embora, valha a verdade, só possa dizer-se confuso quem não for mesmo capaz de reconhecer a força complexa de uma dinâmica imparável...

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