quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O BIG MAC E A DESVALORIZAÇÃO INTERNA



As diferenças de preço do BIG MAC em diferentes cidades e países têm sido utilizadas, sobretudo pela revista The Economist, como uma aproximação ao preço dos serviços (não transacionáveis), já que se trata de um produto relativamente homogéneo, comparável, sujeito em princípio a condições tecnológicas e de produtividade relativamente homogénas impostas pela McDonald’s.
O Economist utiliza a variável para fazer previsões sobre o comportamento subavaliado ou sobreavaliado das taxas de câmbio, partindo do princípio de que os bens transacionáveis alinharão segundo um preço tendencialmente único a nível global, mas isso é matéria mais técnica que não é preocupação deste post.
O que interessa realçar é que sendo o BIC MAC uma aproximação ao serviço- tipo, então o comportamento do seu preço pode constituir um bom indicador do modo como a desvalorização interna tem operado nos países pressionados pelas políticas de austeridade.
O gráfico acima, via Bruegel que importa dados do Economist, compara a situação em junho de 2011 e 2013.
A informação vale o que vale mas dos países em causa apenas a Grécia e a Irlanda parecem ter experimentado uma descida do preço dos serviços. Não será de afastar a hipótese de no cenário atual, o BIG MAC ter deixado de ser um indicador fiável do comportamento do preço médio dos serviços.

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