As diferenças de preço do BIG MAC em diferentes
cidades e países têm sido utilizadas, sobretudo pela revista The Economist, como uma aproximação ao
preço dos serviços (não transacionáveis), já que se trata de um produto
relativamente homogéneo, comparável, sujeito em princípio a condições tecnológicas
e de produtividade relativamente homogénas impostas pela McDonald’s.
O Economist
utiliza a variável para fazer previsões sobre o comportamento subavaliado ou
sobreavaliado das taxas de câmbio, partindo do princípio de que os bens
transacionáveis alinharão segundo um preço tendencialmente único a nível
global, mas isso é matéria mais técnica que não é preocupação deste post.
O que interessa realçar é que sendo o BIC MAC uma
aproximação ao serviço- tipo, então o comportamento do seu preço pode
constituir um bom indicador do modo como a desvalorização interna tem operado
nos países pressionados pelas políticas de austeridade.
O gráfico acima, via Bruegel que importa dados do Economist,
compara a situação em junho de 2011 e 2013.
A informação vale o que vale mas dos países em
causa apenas a Grécia e a Irlanda parecem ter experimentado uma descida do
preço dos serviços. Não será de afastar a hipótese de no cenário atual, o BIG
MAC ter deixado de ser um indicador fiável do comportamento do preço médio dos
serviços.
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