sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

THE ECONOMIST DÁ O EXEMPLO


(Dave Simonds, http://www.economist.com)

O governo conservador-liberal britânico, liderado por David Cameron, introduziu neste final de ano um conjunto de novas restrições à imigração, sobretudo determinadas pelo facto de agora terminar o período de transição que limitava a liberdade de circulação europeia a romenos e búlgaros. Ao mesmo tempo que uma boa parte dos tabloides e pasquins locais se desmultiplicava em reportagens focadas nos vários tipos de riscos, mais ou menos terríficos, com que poderia vir a defrontar-se a sociedade britânica perante uma indesejada invasão do que designam por “turistas sociais”.

Pois a revista “The Economist” decidiu contrariar tal postura reagindo no seu último número com uma carta aberta aos cidadãos daqueles dois países intitulada “You’re welcome”. Onde se pode ler, designadamente: “Em nome do país de origem do The Economist, convidamos-vos a virem e trabalharem aqui. A partir de 1 de janeiro, vocês podem ir para qualquer sítio na União Europeia. Nós esperamos que muitos de vós escolham a Grã-Bretanha. Embora os nossos líderes pareçam tê-lo esquecido, a Grã-Bretanha empurrou no sentido de que o vosso país se juntasse à UE, sabendo que vocês apareceriam um dia à nossa porta.” E ainda que “as pessoas ficarão agradavelmente surpreendidas quando a larga maioria de vocês vierem para trabalhar em vez de para viver à custa do Estado” ou que “a história de muitas ondas de imigração diz-nos que, mais cedo do que tarde, vocês se acomodarão confortavelmente na sociedade britânica”. Salvé!

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