sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

NOVOS FACTOS, NOVAS IDEIAS



À medida que 2013 se aproxima do fim e os blogues atravessam tempo morno de produção reduzida, é normal surgirem sínteses do que foi acontecendo e do que podemos aprender com as mudanças observadas.
Hoje concentro-me na dimensão financeira das economias e nada melhor do que o artigo da sempre estimulante Gillian Tett no Financial Times para dar conta da revolução de ideias que os factos dos mercados financeiros nos trouxeram desde 2007. O artigo oferece-nos uma boa resenha dos principais fatos geradores de novas ideias no domínio financeiro:

  • Bancos de maior dimensão ou mesmo gigantescos não significam necessariamente maior segurança nos mercados;
  • A capacidade do sistema financeiro se estabilizar por si próprio está definitivamente por terra, mostrando inexoravelmente a sua outra face, o da instabilidade congénita;
  • Dívidas soberanas e instabilidade bancária podem perigosamente interligar-se à custa dos contribuintes;
  • As questões de alavancagem não são para ignorar ou desvalorizar;
  • Os problemas de liquidez não são uma questão do passado, podem emergir quando mais ela é necessária;
  • Não é tempo de intervir para gerir excessos, mas antes de os prevenir;
  • A intervenção pública deixou de constituir um tabu, a sua qualidade e eficácia podem fazer a diferença;
  • O chamado sistema bancário sombra não é para ser olhado contemplativamente, é para ser controlado e a sério.
Os oito factos de Gillian Tett são um bom teste para observar como o ensino da economia financeira vai ou não mudar nos próximos tempos.

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