segunda-feira, 28 de março de 2016

À BOLEIA DA INSIGNIFICÂNCIA


António Costa aproveitou hoje, e bem, a decisão que tomou no sentido de repor os feriados suspensos por Passos para fazer um número público em claro favorecimento da sua imagem. E em casa da Sociedade Histórica da Independência de Portugal lá foi dizendo que “há princípios, valores e acontecimentos fundamentais cuja memória e celebração não podem estar à mercê de cálculos ocasionais, de impulsos ideológicos e de fins propagandísticos, mesmo quando se apresentam sob argumentos que os dissimulam ou disfarçam”. Seta para cima, naturalmente.


Mas muito mais do que essa seta para cima atribuída a Costa importa relevar o triste fardo da seta para baixo que de tudo isto decorre para Passos. Ainda um dia, não tanto o próprio do alto da sua petulante bacoquice mas principalmente essa caterva de ideólogos que por aí pulularam em defesa da medida (incluindo os finórios troikistas e os seus patrões e inspiradores), hão de vir explicar publicamente o racional (muito aquém do ideológico) e as contas (muito aquém do possível) de tão alarve e servil medida. Sendo que uma coisa somos desde já capazes de avançar sem quaisquer hesitações: os feriados e mais algumas manifestações de obediência e outras inutilidades do género foram o suficiente para que o presidencialmente sinistro Aníbal não quisesse aposentar-se sem deixar condecorado esse cometa de base canadiana e nome Álvaro que foi o mais ingénuo e desajeitado dos idiotas úteis que apimentaram (ou apatetaram?) esta tão inenarrável história...

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