quinta-feira, 24 de março de 2016

IRREFORMÁVEL É ELA!


A avalanche de acontecimentos que nos vai invadindo levou-me a ir deixando para trás alguns outros. Recupero agora um deles que, por nos ser geográfica e culturalmente próximo, justificará este breve apontamento. Trata-se da França e da sua incorrigível e novamente comprovada (se preciso fora...) incapacidade/disponibilidade reformista. Trata-se também do seu presidente que, qual barata tonta!, atira a tudo o que mexe debaixo da preocupação visivelmente única e quase obsessiva de conseguir os mínimos para uma recandidatura pessoal em 2017. Trata-se finalmente do seu ministro da Economia Emmanuel Macron que terá sido, ao que se diz, o principal autor da ideia de reformar/liberalizar o código do trabalho (proposta de reforma que ficou associada ao nome da ministra da pasta, El Khomri) nesta fase complexa da vida política, económica e social do país – uma batalha perdida em movimentações laborais e nas ruas, como era mais que previsível, e que já parece ter levado Macron a cair em desgraça no Eliseu e em Matignon (Macron n’a plus voix au chapitre, como escreveu o inspirado “Monsieur Kak” titulando a vinheta com a mordaça) e, em resposta, até admita vir a fazer sombra (e frente?) aos seus “chefes” enquanto pré-candidato presidencial. Convenhamos que Hollande não nasceu para tanto assim sofrer, ele que tão bem se sabe desenvencilhar e orientar junto do “belo sexo”...


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