O esfuziante à vontade do presidente Marcelo
encarregou-se por si só de remeter a rigidez e sensaboria de Cavaco para o esquecimento
de gabinete ex-presidencial, algures numa Lisboa recuperada. Foi um começo de
um “tempo novo”, não nas dificuldades, mas na sanidade auditiva. Valeu a pena
perder uma eleição.
Nos próximos tempos, estará eminente a ida para outras
funções, espera-se de menos exposição e presença mediática, do irrevogável Portas,
do seu cabotinismo, das suas camisas e gravatas, dos seus truques, da encenação
da imagem como modo de vida, dos seus truques discursivos. Os jovens do PP chorarão
nos próximos tempos a orfandade do seu modelo, fator de aglutinação, da sua
fonte de inspiração e manual de retórica. Portas com saída em grande estilo e lágrimas
não sabemos se de crocodilo, procurando mesmo na transmissão de testemunho associar-se
e ao PP ao “malha no governador”. Carlos Costa poderá bem com estas manifestações
de repúdio de última hora. Talvez venhamos a compreender no futuro por que razão
Portas terá querido molhar a sopa no Governador, sobretudo depois da entrevista
de acalmia no Expresso. Claro que o poderemos ter como comentador, o que seria
trágico.
E já vão duas saídas que purificarão o ambiente comunicacional
no país. O índice de irritação nacional descerá, por certo. A saída de Passos
Coelho é mais complicada. Alternativas não se vislumbram, mas se fosse consumada
com um recentramento efetivo do PSD então por certo o desanuviamento era amplo,
já que com a saída de Passos Coelho outras cartas cairiam e aí sim o ambiente
mediático levitaria.
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