Esta gente que manda na Europa já chegou a tal ponto de abandalhamento que só apetece tratá-la aos quadradinhos e na dimensão difusa que eles proporcionam, algures a meio caminho entre a realidade e a ficção.
O episódio teve desta vez por protagonistas Moscovici e Dijsselbloem que ontem, no final da conferência de imprensa que encerrava o Eurogrupo, foram apanhados a conversar em off, com o holandês a declarar garbosamente que fora intencionalmente que fizera a ligação (bastante vergonhosa, aliás) entre a questão dos refugiados e a de uma eventual decisão de alívio da dívida grega.
Pois logo Dij foi forçado a confrontar-se com Mosco, cuja vaidade pede meças à sua, lembrando-lhe que também ele tinha estado magnífico ao lançar aquela confusão – que designou por diferença entre um when e um if! – acerca da exigência de medidas adicionais a Portugal por parte da Comissão (nos termos abaixo). It means that those measures have to be implemented, assim dissera.
O nosso primeiro não se ficou e – velha raposa! – bateu os pés todos que pôde e como pôde, embora sem qualquer espalhafato público ou sinal de desacordo expresso. E foi assim que o espertalhaço comissário francês apareceu hoje com a mesma cara de pau, e de novo ladeado pelo presidente do Eurogrupo, a declarar a coerência de tudo aquilo e que – signifique lá o que isso significar – sempre prevalecera o “quando”.
Esta gente já não peca só pela estupidez da agenda que agita sem conhecimento nem critério, nem mesmo pelo facto de frequentemente não parecer ser de confiança, o que tudo indica é que eles não são mesmo é bem acabados...
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