Antes de partir para eventuais análises mais circunstanciadas e de maior dimensão nacional ou regional, andei à procura de alguns resultados verificados aqui na Região do Norte. E comecei por concluir que houve pelo menos seis presidentes de Câmara em exercício que se reapresentavam e que perderam. Excetuando os casos de Monção e Murça (do PS para o PSD), onde os detentores tinham ganho por poucos votos há quatro anos, todos os restantes são casos surpreendentes quando vistos a esta distância, todos os vencidos ostentavam emblema PSD e todos surgem acima assinalados com moldura vermelha nas respetivas fotos: Augusto Domingues em Monção, José Maria Costa em Murça, Inácio Ribeiro em Felgueiras, António Cabeleira em Chaves, José Augusto Gama em Mirandela e Duarte Moreno em Macedo de Cavaleiros. Junto de cada um deles, o correspondente pretendente e vencedor, a saber e respetivamente: António Barbosa e Mário Artur Lopes (ambos do PSD), Nuno Fonseca, Nuno Vaz, Júlia Rodrigues e Benjamim Rodrigues, todos estes candidatos pelo PS (o primeiro em coligação com o “Livre”). Quero daqui enviar uma saudação de boas-vindas e parabéns a estes e um abraço de simpatia aos derrotados com quem convivi nestes últimos quinze meses e, perdoem-me se em especial, ao Inácio que presidia à CIM do Tâmega e Sousa e foi meu aluno na FEP.
Outras mudanças relevantes que registei foram as de Ponte da Barca (que passa do PS para o PSD), Marco de Canaveses e Paredes, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis e Lamego e S. João da Pesqueira (tudo municípios a passarem do PSD para o PS, exceto neste último caso em que o vencedor é oriundo de um movimento independente). Não falando de Matosinhos, onde a vitória de Luísa Salgueiro traduziu um regresso da câmara a um PS que verdadeiramente de lá nunca tinha saído – um município em que um abraço é devido à dignidade evidenciada pelo Eduardo Pinheiro, que exercia o cargo após a morte de Guilherme Pinto e aceitou regressar a vice.
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