(Ramses Morales Izquierdo, http://www.cartoonmovement.com)
É possível que todo este processo termine com Puidgemont a abandonar pura e simplesmente o barco, rumando à Bélgica qual desterrado? Mera e pobre saída vitimizadora por parte de um dos maiores flops políticos de todos os tempos? Ou haverá ainda algo que não estejamos a ser capazes de descortinar?
Em qualquer caso, o que é verdadeiramente triste e humilhante é ser-se um garboso cidadão da Catalunha – de uma Catalunha que historicamente sempre transpirou um forte orgulho nacional e que democraticamente sempre se demarcou de qualquer proximidade eleitoral em relação aos partidos de raiz dominantemente madrilista, desde logo a um PP que por lá não atinge os dois dígitos de representatividade – e ver-se de repente sendo dirigido por uma presidenta da Generalitat dotada de poderes delegados por Rajoy e senhora de convicções tão conservadoras e anti autonómicas quanto as Soraya Sáenz de Santamaría.
De todo o modo, as manifestações do fim de semana e as sondagens que começam a surgir a bom ritmo indiciam bem que a estratégia dos independentistas ou foi a todos os títulos desastrosa ou foi guiada por uma lamentável confusão entre a emocionada inocência dos desejos e a força tremenda da realidade.
(cartoon de Agustin Sciammarella, http://elpais.com)
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