segunda-feira, 30 de outubro de 2017

TIAGO, FILHO DE CÉSAR


César de Oliveira foi um dos meus primeiros objetos de admiração pessoal no imediato pós-25 de abril, quando chegou a ser encarado como o grande “historiador da classe operária”. Lembro-me de umas excelentes conferências que proporcionou em 1974 a uma multidão de jovens ávidos de conhecimento num anfiteatro da velha Faculdade de Letras do Porto (aliás, aquela onde se licenciara em Filosofia). Era um notável investigador da História Contemporânea Portuguesa (foi professor nessa área no ISCTE e nela se doutorou no ISCSP), mas também um cidadão ativo e politicamente participativo e voluntarista (que, após um percurso típico de uma certa militância – do PCP a fundador do MES e melo-antunista, depois à UEDS e terminando no PS –, foi deputado e acabou autarca presidente na sua terra natal, Oliveira do Hospital). Pois descobri que o César, que morreu demasiadamente novo (aos 57 anos, em 1998), é o pai do Tiago Martins de Oliveira (TMO), o jovem nascido no Porto em 1969, licenciado e doutor em engenharia florestal, que aceitou assumir a presidência da nova Estrutura de Missão para a instalação do Sistema de Gestão Integrado de Fogos Rurais que já funciona, com mandato até 31 de Dezembro de 2018, na dependência direta do primeiro-ministro. As parecenças fisionómicas são por demais manifestas e, ao que vou sabendo e ouvindo, a genética também funcionou em pleno ao fazer de TMO um homem de valores, causas e convicções – acresce que o seu conhecimento e foco, a sua energia e o seu sentido de serviço auguram o melhor para a missão que lhe está confiada.

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