Os dias que passam
confrontam-nos com números soltos. Sempre foi assim e será. Alguns ficam na memória,
outros perdem-se na vertigem da informação.
Hoje, o número veio pela
rádio (Antena 1). Luís Lima, Presidente da APEMIP e uma voz que vale a pena
sempre ouvir quando a matéria é imobiliário, lançou este número. Este ano o
investimento imobiliário vai andar em torno dos 21.000 milhões de euros. Ouvi
bem? Terei ouvido com o ouvido melhor? Parece que sim.
E aqui estamos nós onde
uma parte do país se sente bem e se movimenta como peixe na água. Talvez com a
novidade de, ao contrário de períodos anteriores (terei de verificar),
aparentemente sem o impulso motor e determinante do crédito bancário. Vistos gold, cash, folga de rendimento e necessidades reais, de tudo um pouco,
poderemos pensar.
Não, não me vão ouvir falar
de bolha. Apenas me interessa referir que não é a dinâmica de investimento e de
alocação de recursos de que a economia necessita para assegurar a caminhada
para um outro modelo de especialização. Não é seguramente para destruir, mas o
mercado pode inchar para além dos limites. Mas, mais do que isso, é sobretudo o
modelo de alocação de recursos que o número representa. Peso económico?
Obviamente e ignorá-lo é erro. Mas a eficiência dinâmica deste modelo em termos
de especialização produtiva é baixa. Queremos ser um país de vendedores imobiliários,
aperaltados? Não era esta a mudança estrutural que desejaria.
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