quarta-feira, 18 de outubro de 2017

VINTE E UM MIL MILHÕES





Os dias que passam confrontam-nos com números soltos. Sempre foi assim e será. Alguns ficam na memória, outros perdem-se na vertigem da informação.

Hoje, o número veio pela rádio (Antena 1). Luís Lima, Presidente da APEMIP e uma voz que vale a pena sempre ouvir quando a matéria é imobiliário, lançou este número. Este ano o investimento imobiliário vai andar em torno dos 21.000 milhões de euros. Ouvi bem? Terei ouvido com o ouvido melhor? Parece que sim.

E aqui estamos nós onde uma parte do país se sente bem e se movimenta como peixe na água. Talvez com a novidade de, ao contrário de períodos anteriores (terei de verificar), aparentemente sem o impulso motor e determinante do crédito bancário. Vistos gold, cash, folga de rendimento e necessidades reais, de tudo um pouco, poderemos pensar.

Não, não me vão ouvir falar de bolha. Apenas me interessa referir que não é a dinâmica de investimento e de alocação de recursos de que a economia necessita para assegurar a caminhada para um outro modelo de especialização. Não é seguramente para destruir, mas o mercado pode inchar para além dos limites. Mas, mais do que isso, é sobretudo o modelo de alocação de recursos que o número representa. Peso económico? Obviamente e ignorá-lo é erro. Mas a eficiência dinâmica deste modelo em termos de especialização produtiva é baixa. Queremos ser um país de vendedores imobiliários, aperaltados? Não era esta a mudança estrutural que desejaria.

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