Depois de um ato eleitoral sem grandes surpresas, imperam os exercícios de adivinhação sobre o que vem a seguir. No dia de ontem, o Presidente da República ouviu os partidos com assento parlamentar e indigitou António Costa com absoluta normalidade. Agora resta o mais importante: ver como decorrem as negociações entre os partidos do novo arco da governação (curiosa designação para o caso em apreço!), sendo certo que a opção do primeiro-ministro só parece poder estar entre uma menor estabilidade assente em apoios pontuais (daí aquela ideia de que “Costa pede abstenção”), uma nova e mais alargada (com PAN e Livre) “geringonça” (o líder do IL já lhe chama “aranhonça”) ou um acordo privilegiado com o BE ou a CDU. A não ser que o dito seja capaz de encontrar alguma saída mais do que aquelas que a maioria dos seus mortais concidadãos consegue descortinar. Entretanto, e no espetro mais à direita, começam os inevitáveis tempos de “facas longas”, embora seja ainda muito prematuro perspetivar o que poderá vir a suceder – o meu feeling pessoal é que, vendendo cara a derrota ou antecipando de peito cheio um caminho de aparente recurso ao seu próprio pé, Rui Rio já era...
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