O “Expresso” do fim de semana passado trazia um esquema (aqui reproduzido em duas versões) descritivo do previsível funcionamento do novo Governo em torno dos quatro grandes eixos do seu programa (alterações climáticas, demografia, transição digital e desigualdades). Será prematuro comentar daqui, e antes do tempo concreto das ações e realizações, os contornos que marcam a lógica de funcionamento visada. Veremos, perante o andamento dos acontecimentos, se a sua implementação acontecerá efetivamente e se dela resultará alguma diferença em relação a outras opções e algum benefício significativo. Sendo certo – e é tudo o que sabemos hoje – que as cooperações, as coordenações e as transversalidades não têm um grande currículo no tocante às governações nacionais historicamente conhecidas. Coisa diversa – essa sim desde já discutível – são os eixos do programa (que já eram os do programa eleitoral do PS), designadamente na medida em que, tocando tópicos essenciais da atualidade nacional e surgindo positivamente definidos como pretendendo “libertar função pública da visão financista das Finanças” , poderão ainda assim corresponder a alguma lateralização objetiva do foco nos maiores constrangimentos com que efetivamente o País se depara, a saber: crescimento e produtividade, serviços públicos e investimento público, justiça e organização territorial). Aqui ficam os ditos esquemas a aguardar melhor ocasião para uma sua análise justa e assente em dados factuais.
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