O “Global Insight” do banco alemão Commerzbank (aqui citado a partir do “Observador”) trazia há dias algumas notas de preocupação sobre a evolução previsível da economia portuguesa quando encarada de um modo relativamente desapaixonado e, sobretudo, orientado para uma tomada em consideração de alguns “riscos que se estão a acumular para o longo prazo”. O research referencia, nomeadamente, os papeis decisivos do bom momento económico internacional na descida do défice orçamental, sublinhando que tal momento dá sinais de se poder inverter, e da política de estímulos do BCE na significativa queda de despesa com juros da dívida, deixando subentendido que esta não será eterna. Mas o ponto principal do analista (Ralph Solveen) aponta para uma competitividade que avalia como estando “novamente sob pressão”, evidenciando-o através da subida mais acentuada dos nossos custos unitários do trabalho relativamente ao resto da Zona Euro desde 2016. Mesmo descontando tudo quanto se entenda descontar em relação ao que atrás fica dito, sou dos que pensam que não deixaria de ser avisado que alguém por cá se fosse interessando por indicações cautelares desta natureza.
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