Não encontrava o Fernando Gomes há algum tempo. Uma ocasião festiva levou a que nos juntássemos esta semana e a que assim pudéssemos atualizar alguns cromos pessoais – os quatro netos que já tem mais os meus três, por exemplo – e profissionais – o trabalho e os desafios com que nos defrontamos, nomeadamente. O mesmo Fernando de sempre, sem grandes alardes nem excitações, apenas disciplina e racionalidade e uma emoção mal disfarçada por uma fria objetividade. Nem de propósito, no dia seguinte de manhã comprei “O Jogo” e lá estava a coluna do José Manuel Ribeiro a elogiá-lo e a conferir-lhe responsabilidades únicas – porque só ele dispõe hoje das condições pessoais e institucionais para tal – com vista a uma desejável reorganização e limpeza do nosso futebol profissional. E eu, sentado numa esplanada de Lisboa, não pude deixar de concordar mas também de pensar no que poderia ter sido a evolução do meu FC Porto se não o tivessem empurrado de lá para fora.
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