Primeira: Macron a retomar a iniciativa – a foto acima dá testemunho de um encontro que o presidente francês exigiu a Ursula von der Leyen, obrigando-a a abandonar o seu bunker bruxelense para se deslocar a casa dele em Paris numa procura de o acalmar na justa raiva que o assaltou e de conseguir convencê-lo a fazer uma rápida nomeação de um(a) comissário(a) para substituir a chumbada Sylvie Goulard; valerá a pena reter este momento, quem sabe se futuramente revelador de alguma viragem positiva ou negativa na pequena história da União Europeia que estamos a ver ser construída aos soluços e solavancos.
(Jeff Danziger, https://www.washingtonpost.com)
Segunda: a edificante ideia de Trump quanto às qualificações do candidato democrata Joe Biden a refletir, qual espelho, quanto ele sabe o que tem junto de si na invertebrada pessoa do seu próprio vice Mike Pence, este sim um verdadeiro especialista na matéria (kiss the ass).
(cartoon de Ben Jennings, http://www.guardian.co.uk)
Terceira: a rainha Isabel que, coitada!, foi posta a fazer política aos 93 anos e 67 de reinado, através de uma intervenção pungente e humilhante quanto ao que deve constituir o papel de um responsável primeiro de uma monarquia. Meteu dó e só não foi mais noticiosamente achincalhada pelos seus súbditos porque os britânicos têm um bonito mas estranho apego à instituição e a quem a representa.
Quarta: pela terceira vez em dezasseis meses, os ministros europeus não conseguiram desbloquear, na noite de ontem, o início das negociações de adesão da Macedónia do Norte e da Albânia à União Europeia, com a França numa irredutível posição de veto – como poderia eu acreditar que algum dia seria eu próprio a estar de acordo com uma maior cautela em matérias de alargamento? A realidade é que estou, sobretudo porque cada vez mais considero que os alargamentos a Leste foram precipitados e mais geradores de problemas internos à construção europeia do que facilitadores de uma transição democrática frequentemente inexistente com conta, peso e medida.
Quinta: 700 golos são 700 golos e quase cansa só de o dizer. Um verdadeiro feito do nosso Cristiano Ronaldo que, goste-se mais ou menos e considere-se ou não o melhor da atualidade ou de sempre, é indiscutivelmente uma força da natureza e um profissional de mão cheia. Ainda assim, não estou certo de me associar à profecia de Jorge Mendes, quer quanto à vitória da Juventus na Liga dos Campeões quer quanto a um bater do recorde de Pelé.
(cartoons de Omar Momani, http://www.goal.com e Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
Sexta: estando com a mão na massa futebolística, termino com uma confissão de Roberto Carlos sobre ter dormido mais vezes com o seu colega de seleção Ronaldo (o chamado “Ronaldo Fenómeno”) do que com a sua própria mulher e com uma nota de simpatia em relação aos benfiquistas notáveis que vieram distanciar-se do perigoso e inconfiável “extremo direito” (André Ventura) que Luís Filipe Vieira promoveu e levou ao colo até aos bancos da Assembleia da República. Até nisto...
Sem comentários:
Enviar um comentário