sábado, 22 de fevereiro de 2020

UMA EUROPA A PARALISAR

(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)

Registando o falhanço de mais uma Cimeira Europeia, onde se extremaram de modo quase inédito as posições entre os ditos “amigos da coesão” (sugestivamente rebatizados como “amigos de uma Europa ambiciosa” pelo primeiro-ministro português) e os quatro países ditos “frugais” (dos quais dois, a Dinamarca e a Suécia, liderados por social-democratas), com os grandes (França e Alemanha) em inconsequente intermediação.

Abaixo, um gráfico que circulou entre os apoiantes do primeiro grupo – procurando evidenciar a medida em que os segundos desvalorizam os benefícios que obtêm do mercado interno em favor de uma atenção exclusiva e quase paranoica em relação ao seu contributo líquido para o orçamento comunitário (ao que parece, a Holanda e a Suécia chegam mesmo a propor quebras adicionais em relação à proposta de Charles Michel!).

Uma nota final sobre o caso português, em que se fala de dois mil milhões de euros a menos no respetivo pacote, uma baixa decerto significativa mas ainda assim não suficientemente gravosa, a meu ver, para pôr em causa os nossos objetivos de desenvolvimento – soubéssemos nós organizarmos para definirmos com o devido cuidado e zelo o que temos de fazer nos próximos sete anos em benefício dos nossos cidadãos e regiões...

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