(Klaus Stuttman, http://www.tagesspiegel.de)
Para não correr o risco de me repetir, recorro a Lluís Bassetas (articulista do “El País”) na procura de alguma inovação discursiva sem deixar passar em claro o que pode estar na forja. Diz ele, a abrir o seu mais recente texto: “Se Bruxelas não enfrentar Karlsruhe, não poderá de seguida enfrentar Varsóvia ou Budapeste, cujos tribunais sem dúvida se abrigarão no antecedente alemão para prescindirem da jurisprudência europeia”. E termina deste modo: “Da geopolítica dos equilíbrios europeus surge a explicação mais simples do que está a acontecer. Washington confinou-se. Londres foi-se. Moscovo só tem forças para aproveitar as sobras de conflitos sem dono. O tribunal de Karlsruhe sentiu-se com força para fazer peito. É novamente o Sonderweg ou o pretensioso ‘caminho especial’ segundo o qual a Alemanha podia prescindir da Europa liberal e da Rússia autocrática, definir a sua própria Weltpolitik (política mundial) e lidar com os outros impérios. O sonho maléfico de sempre da pior história alemã.”
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