Foi um arremedo de noite à moda antiga, após uns dias de crescente suspense em torno da transferência de uma nova tranche do chamado empréstimo do Governo ao Novo Banco e de uma auditoria que a deveria ter ou não precedido. Pouca ou nenhuma pachorra para os detalhes, jurídicos ou políticos, de um filme que parece de final bastante previsível. O “Expresso” sintetizava nos termos acima o essencial das últimas horas, entre Centeno acossado e sob fogo no Parlamento, Costa e Marcelo coligados numa visita à Autoeuropa, Rio a sugerir demissão e uma reunião noturna entre Costa e Centeno terminada com um insólito comunicado governamental. Ficam assim definitivamente para trás os tempos de enlevo para darem lugar a uma nova fase governativa em que as “contas certas” deixam de ser um instrumento útil e eficaz, restando apenas por esclarecer dúvidas quanto ao que será o futuro seguinte do ministro das Finanças – sendo que a sua competência e a experiência que adquiriu o qualificam, à frente de qualquer outra alternativa, para a cadeira ainda ocupada pelo governador Carlos Costa.
(cartoon de Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
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