O que quer que se diga – e podem dizer-se muitas coisas em variadas e até contraditórias direções – sobre as declarações do governador do Banco de Portugal ao “Expresso” de hoje (aliás chamadas a manchete de primeira página), tenho para mim que elas são essencialmente reveladoras de um aguçado sentido patriótico ao deixarem claro quanto Carlos Costa, se fosse chamado a decidir ou a influenciar a decisão, privilegiaria entregar o comando do nosso banco central a um técnico independente, competente e experiente em detrimento de carreiristas detentores de um qualquer tipo de cartão, partidário ou de visita. Com racionalidade, inteligência e em nome do interesse nacional, ademais num quadro agravado pela crise que aí está e se vai desenvolver com implicações potencialmente significativas para o País e o seu setor financeiro; ou seja, portanto, sem prejuízo de uma talvez difícil menorização de episódios passados de outras ordens que terão conduzido a um esvaziamento praticamente total de relações entre ele e Mário Centeno.
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