(Francesco Tullio Altan, http://www.repubblica.it)
Começa o mês em que as grandes e definitivas decisões europeias com vista ao presente e ao próximo futuro verão a luz do dia. A sina dos pobres, como nós, é a de esperar por elas (tentando influenciá-las na melhor das hipóteses, algo que aliás distingue pela positiva António Costa de Passos e Cavaco) na boa lógica possível de que sempre vale mais um pássaro na mão do que dois a voar. Como escreveu Münchau esta semana num dos seus textos para o “Eurointeligence”: “Itália e Espanha na gaveta. O plano de recuperação será a versão alemã: um acréscimo temporário do orçamento europeu, através de garantias, de seguida alavancado, desembolsado via empréstimos. A União Europeia não faz macroeconomia. Só créditos.” Moral da história: temos de trabalhar mais por nós próprios numa procura primeira e criativa de soluções, ora assumindo a Europa como restrição ora valorizando-a como taticamente coadjuvante – porque o projeto europeu, esse, está em quarentena (também ele) e bem longe de dar sinais de que alguma vez venha a desconfinar. Tanto por fazer, tanto para fazer...
(Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)
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