(Mohammad Sabaaneh, https://www.cartoonmovement.com)
O assassínio em direto a que assistimos nas imagens televisivas que nos chegaram do estado americano de Minnesota, onde um agente policial matou um negro George Floyd em plena rua de um modo tão brutal (recupero aquele joelho a impedir o detido, aliás algemado, de respirar durante longos oito minutos!) quanto violento (da insensível proteção de alguns colegas do agente à reação impávida deste em relação aos protestos lancinantes dos transeuntes!), foi uma das cenas mais chocantes a que jamais assisti. Ponto parágrafo.
Entretanto, o ruído alastrou nas ruas da cidade de Minneapolis e já por lá vai provocando incidentes de significativa gravidade. Ao que parece, a revolta está a alastrar para outras cidades do país e o descontrolo cresce. O jovem Trump, sempre ele, voltou a mostrar a sua natureza e a profunda estupidez egocêntrica com que comanda os EUA. Com a agravante, desta vez, de nem para si próprio ser capaz de ser bom – atente-se no facto de tentar passar uma esponja sobre o sucedido e de simultaneamente glorificar o sentido e a beleza da violência, tudo isto num país tão profundamente desigual e a braços com uma pandemia que já se traduziu em cem mil mortos e mais de quarenta milhões de desempregados.
Começo a admitir que, por este andar, o homem ainda pode conseguir não renovar o seu lugar na Casa Branca. Assim Deus o ajude!
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