segunda-feira, 4 de maio de 2020

ALARVIDADES



(A pandemia e o confinamento e o modo como Governo, ciência e portugueses comuns têm enfrentado a situação estão a despertar demónios dignos da mais pura alarvidade. A ejaculação verbal de alguns desses protagonistas está em linha com a distância social forçada que estes senhores começam a apresentar face ao eleitorado decente.

Dois exemplos típicos desta alarvidade que se impregnou nalgum discurso acicatado pelos tempos, retirados do Twitter:

Nuno Melo @NunoMelo CDS:

Entre tantos, Rui Tavares foi escolhido para a tele-escola, destilando ideologia e transformando alunos em cobaias do socialismo. Nem disfarçam. Uma aviltante e ignóbil revolução cultural em marcha que país sem recursos não podem evitar. Política travestida de educação. Miséria.”

Alberto Gonçalves @albertogonc

Parece que o Rodrigo Guedes de Carvalho fez perguntas a uma nulidade que em lugares folclóricos passa por ministra. Quem julga ele quem é, jornalista? Onde pensa ele que está, numa democracia?”.

Uma aula de tele-escola em que uma professora no âmbito legítimo da sua autoridade pedagógica colocou como material um programa de Rui Tavares e a famigerada entrevista na SIC à ministra Marta Temido transformam-se em focos de ejaculação oral do mais puro veneno, fruto de uma irrelevância que certamente um dia acabará mal, para esquecimento e sanidade de todos nós. Aprecio a paciência de Rui Tavares em dar explicações ao primeiro e não sei se o jornalista da SIC e a ministra resolveram ou não verter o dejeto para o caixote do lixo, devidamente higienizado.

De facto, este tipo de gente deve passar por um drama terrível. Não haver tema para destilar veneno deve tornar o confinamento numa autêntica expiação.

A pandemia também se alimenta de alarvidades e não só nos EUA e no Brasil, pelo menos.

Sem comentários:

Enviar um comentário