(A pandemia e o confinamento e o modo como Governo,
ciência e portugueses comuns têm enfrentado a situação estão a despertar demónios
dignos da mais pura alarvidade. A ejaculação verbal de
alguns desses protagonistas está em linha com a distância social forçada que
estes senhores começam a apresentar face ao eleitorado decente.
Dois exemplos típicos
desta alarvidade que se impregnou nalgum discurso acicatado pelos tempos,
retirados do Twitter:
Nuno Melo @NunoMelo
CDS:
“Entre tantos,
Rui Tavares foi escolhido para a tele-escola, destilando ideologia e transformando
alunos em cobaias do socialismo. Nem disfarçam. Uma aviltante e ignóbil
revolução cultural em marcha que país sem recursos não podem evitar. Política
travestida de educação. Miséria.”
Alberto Gonçalves
@albertogonc
“Parece que o
Rodrigo Guedes de Carvalho fez perguntas a uma nulidade que em lugares folclóricos
passa por ministra. Quem julga ele quem é, jornalista? Onde pensa ele que está,
numa democracia?”.
Uma aula de
tele-escola em que uma professora no âmbito legítimo da sua autoridade
pedagógica colocou como material um programa de Rui Tavares e a famigerada entrevista
na SIC à ministra Marta Temido transformam-se em focos de ejaculação oral do
mais puro veneno, fruto de uma irrelevância que certamente um dia acabará mal,
para esquecimento e sanidade de todos nós. Aprecio a paciência de Rui Tavares
em dar explicações ao primeiro e não sei se o jornalista da SIC e a ministra
resolveram ou não verter o dejeto para o caixote do lixo, devidamente higienizado.
De facto, este tipo
de gente deve passar por um drama terrível. Não haver tema para destilar veneno
deve tornar o confinamento numa autêntica expiação.
A pandemia também se
alimenta de alarvidades e não só nos EUA e no Brasil, pelo menos.
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