quarta-feira, 13 de maio de 2020

APARIÇÃO


Já faz alguns anos que, após uma passagem meritória pelo Parlamento Europeu, Daniel Cohn-Bendit saiu de cena, pelo menos da cena mais pública e mediática. Honrando o seu curriculo consequentemente progressista e europeísta, o herói do maio de 68 (tornado por força das suas opções de vida um cidadão franco-alemão) aparece hoje na capa do “Libération” a declarar, a propósito da recente investida do Tribunal Constitucional Alemão, que “os ‘economistas amadores’ do Tribunal de Karlsruhe evidenciaram uma perigosa ‘arrogância’ ao contradizerem o BCE e o Tribunal de Justiça Europeu” – um “nacionalismo jurídico” que qualifica de alarmante, e muito justamente, e um dedo acusatório contra os seus compatriotas alemães que poderão contribuir objetivamente para o falhanço do relançamento económico pós-Covid, a destruição do euro e, com isso, fazer colapsar a própria Europa por via do que designa de “suicídio alemão”. Mais um alerta a somar a tantos que ouvidos moucos nunca ouvirão em devido tempo!

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