sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

AQUI SE CUMPRE UMA PROMESSA...

Vieram a lume há dias notícias sobre uma alegada e comprometedora relação extrafutebol, mas com prováveis incidências sobre este, entre o ex-árbitro Bruno Paixão (que andou por aí a alardear a sua incompetência durante 33 anos) e o Benfica. Não é, todavia, este o meu ponto de hoje num post que ― desde já quero deixar claro, que me desculpem os “lampiões” de dedo acusatório em riste ― não é verdadeiramente um post mas sim uma espécie de cumprimento de uma promessa que fiz a mim próprio em fevereiro de 1990 aquando de uma partida, a contar para o campeonato nacional daquela época, disputada no Estádio Capitão César Correia em Campo Maior entre o Campomaiorense e o FC Porto e arbitrada pelo dito Paixão.

 

Os portistas eram pentacampeões, tinham um plantel valioso e corriam para o hexa, tendo entrado em campo com um ponto de vantagem sobre o Sporting; só que o senhor Paixão não quis ver nenhuma das inúmeras e escandalosas obstruções na área sobre Jardel (“nunca vi tantos penaltis num mesmo jogo”, disse o futebolista) e outros avançados dos azuis-e-brancos e o jogo terminou com uma vitória dos alentejanos por 1-0; anos depois, o insuspeito treinador do FC Porto, o atual selecionador nacional Fernando Santos, era o principal responsável do Sporting e sentiu-se novamente violentado pelas decisões de Paixão num jogo no Bessa, a ponto de recordar que o árbitro era o mesmo que tanto prejudicara o então seu FC Porto em Campo Maior; acresce ― e pasme-se! ― que foi o próprio Paixão a recordar aquele autêntico roubo (“um jogo em que errei muitas vezes”) para explicar o modo como a imprensa o maltratou durante a sua carreira.

 

O certo é que a reta final do torneio ficou marcada por aqueles incidentes, levando a que o Sporting conseguisse ser campeão numa jornada final decisiva em que foi vencer a Vidal Pinheiro (Salgueiros) e o FC Porto perdeu em Barcelos (Gil Vicente), assim se gorando em definitivo a hipótese do tal hexa (ainda mais inédito do que o já de si também incomparável penta). E o certo, aqui e hoje, é que cá estou a lembrar o caso Calabote do meu tempo que então tanto me indignou (talvez como nenhum outro de muitos) e fez prometer que um dia o iria denunciar à escala do meu possível ― aqui fica essa denúncia.


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