Assinalo hoje aqui a morte de Gary Brooker, informação que me chegou pela manhã e que alimentou em mim algum quase natural push revivalista. Quem não recorda a primeira (1967) e mais icónica das canções dos Procol Harum (“A Whiter Shade of Pale”), dominada pela sua voz? Quem, ao ouvir os seus acordes, não remonta a bons e inolvidáveis momentos de outrora? Quem desconhece o raro sucesso de um hit single que venceu mais de 10 milhões de cópias? Quem pode esquecer outros êxitos marcantes (“Conquistador”, por exemplo) ou alguns álbuns que pela primeira vez lhe foram dados a conhecer pelo Cândido do “Em Órbita” (como “A Salty Dog” ou “Grand Hotel”, ainda anteriores ao nosso 25 de abril)? A banda inglesa durou até aos dias de hoje (mais de cinquenta anos), embora sofrendo alguns forçosos reajustamentos, com Gary a ser sempre a sua imagem maior (na voz, ao piano e na composição) e a sua filiação no rock a ser permanentemente influenciada por outros géneros (dos blues ao soul ou à componente sinfónica da música clássica). Uma notícia triste, contanto capaz de nos trazer à memória vivências que só o génio musical de alguns (que necessariamente cumpre homenagear) consegue trazer ao de cima e fazer perdurar no melhor da sua essência.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
GARY BROOKER
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