sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

DRAGÕES E LEÕES


(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Por muito críticos que sejamos em relação ao futebol dos nossos dias e ao submundo que o cerca, é irresistível a pressão interna que nos assalta ― a alguns, bem entendido ― nos momentos de especial frisson como são aqueles que antecedem jogos decisivos, sobretudo quando envolvem o clube da nossa preferência. É o caso de hoje, com um FC Porto-Sporting, primeiro e segundo classificados da Liga com seis pontos a separá-los, a realizar no Dragão já daqui a pouco (os dois diários nacionais mais vendidos, um sediado a Norte e outro a Sul, lançavam o encontro como acima se reproduz). Espero um excelente espetáculo, um jogo bem disputado entre duas boas equipas, uma presença serena e construtiva de Sérgio Conceição no banco, um momento adicional de afirmação dos jovens da nossa cantera (Diogo Costa João Mário, Vitinha e Fábio Vieira), manifestações visíveis de classe do que ainda nos resta nessa dimensão (Pepe, Otávio e Uribe) e uma vitória final dos meus (apesar da lamentável ausência de Luis Diáz) e, juro, não apresento quaisquer sinais nem registos de nervoso miudinho; por todas as conhecidas razões pessoais e mais aquela que decorre do facto de ainda faltar muito campeonato para jogar.


(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Nota final (três horas depois e ainda a quente): um jogo muito mau, próprio de uma verdadeira segunda divisão europeia ― falta de definição da banda portista (que tem demasiados jogadores que primam pela vulgaridade), falta de classe da banda sportinguista (que passou o jogo a queimar tempo), falta de quase da banda da equipa de arbitragem (que não foi minimamente capaz de controlar o jogo e cometeu erros primários de avaliação, culpa também de uma ausência absoluta de VAR). Valeu a emotividade competitiva.

Sem comentários:

Enviar um comentário