De vez em quando, muito de vez em quando, insista-se, ouvimos por cá falar do que vai sucedendo em África, esse continente esquecido pela nossa “civilização”. Quero, por isso, aqui chamar a atenção para duas das suas chagas mais recentes, as quais se somam, bem-entendido, às trágicas e estruturais porque históricas e já assumidamente endémicas (com a fome e a doença na primeira linha de uma longa lista, onde que também constam a miséria, as imensas desigualdades e a chocante falta de oportunidades). Refiro-me hoje aos coups, ou seja, à proliferação de tentativas mais ou menos bem sucedidas de provocar mudanças políticas militarmente patrocinadas e frequentemente acompanhadas de violência ― o caso do Mali está a ser atualmente o mais badalado por razões associadas à influência da presença francesa e europeia no respetivo território. E refiro-me também aos sinistros ataques jihadistas, que ganham expressão um pouco por todo o Continente (Moçambique que o diga!) e surgem referenciados na infografia acima no que respeita à zona do Sahel (com dominante no Mali e no Burkina Faso). Vale certamente a pena que não esqueçamos esta temática e que a seu respeito possamos ir dando algumas espreitadelas pelas notícias internacionais que ainda as vão aflorando.
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