quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

O PAÍS ADIADO

Como diz a canção, “Não é de ninguém”. A culpa no caso em apreço. Um espetáculo lastimável de arranjismo enquanto pôde funcionar e de manifesta incompetência cívico-política proporcionou o brilhante resultado de uma anulação inicial de 80% dos votos dos emigrantes do Círculo da Europa, logo seguido de uma decisão do Tribunal Constitucional no sentido de mandar repetir as ditas eleições, tudo isto determinando um atraso de duração ainda não completamente vislumbrável da posse da Assembleia da República e do Governo (veja-se acima a excelente capa do “Público” de hoje) e da entrega por este do Orçamento de Estado para o ano em curso (entre outros aspetos igualmente gravosos, como sejam os relacionados com um acompanhamento apoderado da aplicação do PRR e com a já de si arrastada preparação do Acordo de Parceria para o período 2021/27). O absoluto António Costa já veio balbuciar timidamente um pedido de desculpas aos emigrantes assim destratados pelo Estado, mas algum apuramento de responsabilidades pela gravidade do sucedido... tá queto, como diz o povo cá por cima.

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