quarta-feira, 29 de novembro de 2023

DERROTA AMARGA EM MONTJUÏC

Sinto que hoje, em dia de beiça assumida, não me devo furtar a comentar o jogo do FC Porto, ontem em Barcelona para a Champions. Principalmente porque tanta coisa foi atípica no desenrolar da partida, sem que o árbitro italiano disso tivesse qualquer culpa. Primeiro, e pior de tudo, a azia de terem sido os “Joaos” vindos da Luz a fazerem os golos, Cancelo passeando classe, Félix mostrando sentido de oportunidade e ambos destilando um destemperado ódio anti-portista. Segundo, o facto de Sérgio Conceição (ao contrário do que é seu hábito em jogos internacionais) ter estado inacreditavelmente desligado no banco, a ponto de ter sido o grande responsável da derrota pela impotência de reação revelada na segunda parte (aquelas substituições ao minuto 90 simbolizam quase tudo, mas a persistência em deixar um João Mário desastrado em campo foi também incompreensível). Terceiro, o melhor jogador da equipa (o guarda-redes Diogo Costa) claudicou pela primeira vez a este alto nível, pese embora tal não ter tido consequências no resultado e ter também feito grandes e decisivas defesas. Quarto, Pepê fez finalmente um golo (aleluia!) mas falhou clamorosamente outro (que daria o 2-2) em cima da baliza ― se eu mandasse, ponha-o sozinho a rematar a uma baliza deserta durante uma hora adicional depois dos treinos! Quinto, grande jogo de Alan Varela (provavelmente o melhor em campo e o grande obreiro da excelente primeira parte da equipa) e de Edmilson (enquanto durou). A finalizar: falta a última jornada da fase de grupos, onde basta (?) um empate em casa contra os campeões ucranianos para o apuramento ― haja Deus para que surja um outro Sérgio, mais desperto e a puxar dos seus galões de especialista tático, no dia 13!

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