Chega novembro, o mês das desgraças anunciadas nos hospitais pelo CEO do SNS (Fernando Araújo), mas seguramente um mês bem mais tranquilo por estas tristérrimas bandas lusitanas do que em praticamente todo o resto do mundo em que as atrocidades alcançam dimensões inimagináveis em tantas geografias (com a situação em Gaza a atingir limites de desumanidade que impressionam pela força inaudita do mal que revelam). Todos os olhos e atenções dos poderosos estão hoje concentradas no devir daquela guerra de vingança de Israel contra o Hamas, uma ação com o seu lado justo (face ao teor dos terríveis acontecimentos de 7 de outubro) mas também com o seu lado inconsequente (face à ausência de uma qualquer saída razoável do confronto assim aberto), bárbaro (face ao modo como atinge sem apelo nem agravo populações civis, e jovens, desmunidas de qualquer proteção) e perigoso (face aos riscos de alastramento regional e internacional das hostilidades). Com a Ucrânia em notório segundo plano, quer do ponto de vista mediático quer no plano das preocupações políticas dominantes no seio dos “grandes” do mundo, Putin acaba assim por ter pela primeira vez em muitos meses um espaço para jogar mais livremente o seu jogo de sedução e convencimento junto de tantos daqueles países que dele ainda dependem ou a ele ainda estão, por um razão ou outra, afiliados. É enorme a incógnita quanto ao desenlace de todo este imbróglio, mas quanto mais o vou consciencializando em tantos dos seus detalhes menos tendo a acreditar em qualquer tipo de final feliz...
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