Tinha de chegar o dia em que a fobia mediática e a doentia necessidade de ser amado culminariam num evitável cu-de-boi para o presidente da República. Já muitos foram os momentos em que Marcelo exagerou e foi longe demais, às vezes caindo mesmo em situações pouco menos do que ridículas. Mas o caso em que se meteu por recreação própria quando por estes dias se dirigiu a despropósito ao representante da Autoridade Palestiniana em Portugal ― “desta vez foi alguém do vosso lado que começou, não deviam” ― poderá ter sido o mais grave de quantos já protagonizou (mais pela forma do que pelo conteúdo, bem entendido!). E se a tal juntarmos o modo como se plantou à porta de Belém para esperar pelos potenciais manifestantes e os enfrentar todos (se possível), só pode levar-nos a concluir que algo se tornou intoleravelmente patético na psique marcelista de ser amado e na sua consequente escolha de se relacionar com os portugueses, todos e quaisquer (sem critérios de mediação) e em todas e quaisquer circunstâncias (sem atendimento à realidade concreta em presença). Julgo, pois, que é tempo de mudança comportamental por parte de Sua Excelência! Sob pena de um fim que se saldará por indigno e até por largamente imerecido, para além de altamente pernicioso para o interesse do País...
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