terça-feira, 11 de setembro de 2012

AINDA O EURO ALEMÃO

Complementando os posts em que o António Figueiredo se tem referido ao nosso comum amigo angolano José Manuel Cerqueira, e designadamente o último (“O mercantilismo alemão” do passado dia 8) finalizado com a ideia de que “o euro português e espanhol afinal não são bem iguais ao alemão”, reproduzo abaixo um gráfico do “Institute of Empirical Economic Research” (entretanto publicado num artigo do “Financial Times” sintomaticamente intitulado “convergência ao contrário”) que é luminoso sobre a matéria: a evolução (2000 a 2012) dos saldos do sistema de pagamentos transfronteiriços da Zona Euro (Target 2).



O gráfico espelha à saciedade o avolumar dos desequilíbrios ocorrido desde o advento da crise de 2008 e, mais especificamente, o enorme fluxo de fundos do BCE para sul – o défice atinge já 400 e 300 mil milhões de euros, respetivamente, nos casos da Espanha e da Itália – e o correspondente volume gigantesco de créditos em posse do Bundesbank (700 mil milhões). Aqui fica, pois, mais um chamativo retrato da desintegração verificada e em curso no sistema financeiro europeu…

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