Ainda
não são conhecidos todos os contornos e fundamentos das hoje anunciadas
extinções, cortes e recomendações de extinção de fundações. Mas uma coisa parece,
desde já, completamente confirmada: a indigência destes decisores a quem
estamos entregues, nas suas diversas manifestações combinadas de ignorância, desconhecimento
do terreno, virgindade, desrespeito pelas pessoas e irresponsabilidade.
Pergunta-se:
alguém se lembrou que as Fundações Museu do Douro e Côa Parque servem uma
região que é património da humanidade? E do esforço institucional que esteve
subjacente à sua criação? E da coesão territorial? E das pessoas que
reorganizaram toda uma vida em nome de causas? E do fomento do turismo a Norte
de Portugal? E de Guimarães Capital de Cultura e desejável transmissão do seu
legado? E por aí adiante num infindável rol de perguntas certamente sem
resposta convincente à luz de mínimos civilizacionais que justificam, aliás,
uma última interrogação: onde pára e o que pensa de tudo isto o secretário de
Estado Viegas (abaixo caricaturado por Fernão Campos em http://ositiodosdesenhos.blogspot.pt), aquele natural do Pocinho que em tempos apelou a “um resto
de dignidade e de memória”?
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