O mesmo que fez os primeiros 30 anos da sua carreira de gestor de
empresas no setor do grande consumo – num quadro Unilever/Jerónimo Martins e com
enfoque nas áreas do marketing, vendas e finanças – e passou a desempenhar
depois (desde 2004) o cargo de presidente executivo da Sociedade Central de
Cervejas (SCC).
O mesmo que começara o ano informando que assumiria novas funções
na Heineken Western Europe Region – leia-se: abandonaria ou seria afastado daquele
cargo presidencial e transitaria para funções de assessoria internacional do
presidente da Heineken e de administração não executiva da SCC.
O mesmo que foi parte ativa do cirúrgico painel de convidados do
“histórico programa” realizado pela RTP em Luanda sob o alto patrocínio de
Miguel Relvas (“Operação Especial: o Reencontro”) e, mais recentemente,
comentador das eleições angolanas – dizem que por via da sua rara experiência de
negócios e vivencial por aquelas paragens.
O mesmo que, em final de Março, rumava à Holanda mas por cá deixava a declaração de considerar Passos “o melhor primeiro-ministro desde Sá Carneiro” – Cavaco não terá gostado: até mesmo do que ele?
O mesmo que, em Maio, confessava à RTP a sua qualidade de barítono
– o que já tinha ficado bem visível na sua talentosa interpretação no filme que
ficou a ser conhecido por “Rodada Sagres”.
O mesmo que agora nos informa, através do Diário Económico, que vai ter salário limitado ao do primeiro-ministro – desconhece-se tudo o resto, inclusivé se adotará a inspiração borgista e manterá um lugar não executivo na SCC, sem o que ficamos impedidos de avaliar adequadamente até que ponto “estes publicitários são uns exagerados”!
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